Tenho o jornalista - dentre outras inúmeras especialidades - Luiz Mário Concebida como uma das figuras mais importantes, intelectuais e sensatas da região Norte e Noroeste Fluminense no que diz respeito às reflexões sobre o desenvolvimento regional. Na edição de abril do jornal quinzenal Quotidiano, ao qual é articulista assíduo, mais uma vez deu aos seus leitores um ótimo texto reflexivo.
O que há por trás do bloqueio ao Açu
Uma rápida tournée pela história da nossa região vai nos permitir rápida conclusão: todo assunto grandioso e cíclico vira mora por aqui e merece ataques de todos os tipos e dimensões.
O que há por trás do bloqueio ao Açu
Uma rápida tournée pela história da nossa região vai nos permitir rápida conclusão: todo assunto grandioso e cíclico vira mora por aqui e merece ataques de todos os tipos e dimensões.
Durante muito tempo – pelo menos de minha vivência – o alvo eram as usinas, mormente nas décadas de 70 e 80, com o advento do Proálcool e o crescimento das indústrias. Os usineiros viraram motivo para todo tipo de crítica. O setor foi se aniquilando e chegou aos sofríveis níveis de hoje, porque o próprio segmento não agüentou as pauladas que levou. Não teve fôlego, aliado, naturalmente a equivocadas políticas do Governo Federal, que confundia o Proálcool como ameaça ao petróleo. Hoje, os segmentos são parceiros, mas as usinas já morreram por aqui e pelo Brasil afora. Parece até que foi política de paulistas!.
Mais recentemente, o novo alvo foram os municípios produtores de petróleo, em função do montante de royalties. Campos, por ser o município que tem a maior fatia, apanhou de todos os modos. Que dizer, prejudicaram o povo em função de questões políticas pessoais. Campos nunca recebeu mais royalties do que ninguém, pois a receita per capta perde feio para vários outros municípios. Mas, era o campo político preferido. E acabou dando no que deu: se a própria cidade reclamava tanto da receita, confundindo com a aplicação do bolo, resolveram tentar uma profunda mudança na lei, problema que tira nosso sono até hoje. Culpa de irresponsáveis opinadores da própria região, mormente de Campos.
Para satisfação geral, desses agoureiros de plantão, surge o Complexo Portuário/industrial do Açu, ao mesmo tempo em que Eike Batista aparece como um dos homens mais ricos do mundo e o mais rico do Brasil. Prato cheio. Não podia acontecer nada melhor. Tem gente com as visões mais absurdas do mundo, opinadores de baixa formação que, de repente, se intitula especialistas em desenvolvimento e passa a criticar tudo o que é projetado pelo Açu. Ressalte-se que o Governo do Estado tem parcela de culpa na história, à medida que andou oficializando atos sem um estudo prévio mais competente.
Tem outros atores, esses de exclusivo interesse político, que apostam em todo esse cenário raivoso e de conflitos em torno do projeto. Apostam e patrocinam. Isso porque com toda essa onda em torno do Açu, muitos outros assuntos de grande importância, inclusive ou, sobretudo em Campos, ficam em plano secundário. Parece que, por aqui, tudo são flores. O canteiro do incêndio, propositalmente, mudou para o Açu... Até que apareça outro alvo para os ditos especialistas em aproveitamento de ocasiões!
fonte:http://brunocostasjb.blogspot.com/
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